A logística para o escoamento dos grãos na região Noroeste do estado

Por Abel Ellwanger

Moega para armazenagem de grãosA logística da produção de soja relaciona-se ao planejamento e operação dos sistemas físicos, informacionais e gerenciais necessários para que insumos e produtos se movimentem de forma integrada no espaço através do transporte e no tempo através do armazenamento no momento certo, para o lugar certo, em condições adequadas e gastando o menos possível com isso.

Na região noroeste do estado a produção é escoada até terminais de armazenamento por via rodoviária, ou seja, a utilização de caminhões apenas para o transporte da lavoura ou do armazém próprio do produtor até chegar ao terminal que dará o destino de toda a produção para Rio Grande. Neste caso a soja é normalmente movimentada a granel, por transportadores rodoviários autônomos (na maior parte dos casos, agregados às empresas de transporte rodoviário) que se utilizam predominantemente de carretas rodoviárias com capacidade de 27 t, e mais recentemente dos bi-trens, com capacidade de 40 t.

O município de Cruz Alta é geograficamente denominado o centro deAcesso Ferroviário ao carregamento da Bianchini Unidade de Cruz Alta armazenamento temporário para o escoamento da produção no estado, pois conta com um porto seco de transporte ferroviário que liga a cidade até o porto de Rio Grande. A empresa Bianchini S/A é responsável por este port. Grande parte da soja produzida na região passa pela empresa antes de chegar ao porto fluvial. Segundo o gerente comercial da empresa Gilmar Osmen, 97% dos grãos chegam a Rio Grande pelo modal ferroviário, pois o custo do transporte é menor do que o rodoviário e agiliza na carga e descarga. A Bianchini conta com quatro unidades próprias de recebimento espalhadas pela região e para chegar até o porto seco o transporte utilizado é o rodoviário, portanto circulam pela empresa em torno de 500 mil toneladas de soja por ano.